A importância da indústria nas 10 maiores economias do mundo em 2022
Para determinar quais são as maiores economias do mundo em 2022, é considerado o Produto Interno Bruto (PIB), o país que é um indicador que representa a somatória dos bens e serviços produzidos em um ano.
Quando considerado apenas o PIB nominal das 10 maiores economias do mundo, elas correspondem a dois terços de toda economia mundial, sendo que as 20 maiores economias correspondem a mais de 80% de toda produção mundial.
Como cada país possui a sua própria moeda, para fazer a comparação é necessário que seja feita a conversão para uma mesma moeda, sendo que os institutos usam a conversão ao dólar por taxas de câmbio oficiais.
Além disso, é feito um cálculo de medidas de Paridade do Poder de Compra da população do país. Levando-se tudo isso em consideração então chega-se ao valor do PIB.
10.º Canadá 1,5
O Canadá conta com desemprego de 4,9% referente a junho de 2022. O PIB do Canadá no primeiro trimestre do ano cresceu 0,8%.
Uma das principais forças econômicas do Canadá está em sua grande reserva mineral. Com base em sua matéria prima, o Canadá conseguiu crescer economicamente.
Essa evolução permitiu o país diversificar, assim, atualmente, mais de 60% da economia canadense está baseada no terceiro setor, serviços.
A indústria é responsável por aproximadamente 24,16% do PIB.
9º Brasil 1,8
O Brasil passou de 13º para 9º no primeiro trimestre de 2022. Assim se tornou uma das melhores economias do mundo.
Segundo dados divulgados pelo próprio IBGE, o Brasil registrou desemprego de 9,8% no último trimestre encerrado em maio. O PIB brasileiro cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022.
O destaque da economia brasileira fica por conta da agricultura. O Brasil é um dos maiores exportadores de carne, soja e suco de laranja.
Além do agronegócio, o Brasil também mostra força no minério e petróleo. A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, e a Petrobras, juntas, lucraram 227,8 milhões de reais só em 2021.
A indústria é responsável por aproximadamente 22,2% do PIB.
8º Itália 1,8
Atualmente o PIB italiano é composto por mais de 70% referente ao terceiro setor.
Mesmo com grande força vindo do setor de serviços, a indústria ainda tem relevância na Itália. As principais indústrias italianas são dos seguintes setores: turismo, máquinas, ferro e aço, produtos químicos, processamento de alimentos, têxteis, veículos a motor, roupas, calçados, cerâmica.
A indústria é responsável por aproximadamente 24,1% do PIB.
7.º Índia 2,2
Dentre todos os países da lista, a Índia é um dos que mais vem progredindo. Em 2011 a Índia aparecia em 10º, hoje o país asiático já está em 7º. Cada vez mais, a Índia vem crescendo e se tornando uma das maiores economias mundiais.
A taxa de desemprego da Índia está em 7,8%, segundo dados referentes a abril de 2022. O PIB indiano cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2022.
Uma das atividades que mais emprega e sustenta o PIB indiano é a agricultura. Atualmente, 18,3% do PIB vêm da agricultura e a atividade emprega mais de 42% da população ativa.
A indústria é responsável por aproximadamente 25,87% do PIB.
6.º França 2,5
A França se destaca como a segunda maior economia europeia. O país possui um desemprego de 7,3% referente a março de 2022. O PIB da França encolheu 0,2% no primeiro trimestre de 2022.
Isso tudo graças à iniciativa privada, sendo que o governo federal trabalha com incentivos e investimentos relevantes. Dentre as maiores indústrias do país, se destacam os setores: máquinas, produtos químicos, automóveis, metalurgia, aviação, eletrônicos, têxteis, processamento de alimentos, turismo
A França se destaca como um dos maiores produtores agrícolas da Europa ocidental, devido a sua terra fértil e tecnologias empregadas no campo.
A indústria é responsável por aproximadamente 16,78% do PIB.
5.º Reino Unido 2,6
O Reino Unido conta com desemprego em 3,8% referente a junho. O PIB registrou alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2022.
Uma das bases da economia do Reino Unido está nos serviços. Diferente de outros países que dependem da indústria, o Reino Unido tem praticamente 80% do PIB sendo gerados pelo terceiro setor.
Vale destacar que o país foi local de origem da revolução industrial (1760 a 1840). O Reino Unido também se consagrou como colonizado. Uma das últimas colônias a serem liberadas pelos britanos foi Hong Kong, em 1997.
A indústria é responsável por aproximadamente 17,70% do PIB.
4.º Alemanha 3,4
A Alemanha é a principal economia da Europa. O país tem um dos menores níveis de desemprego do continente europeu, com uma taxa de 4,9% em maio. O PIB alemão cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2022.
A indústria tem grande participação na economia alemã. O país europeu é conhecido por ser um grande exportador.
Parte considerável da população alemã está empregada em indústrias. As principais indústrias do país são: automobilística, máquinas e equipamentos, a indústria química e eletrônica.
A indústria é responsável por aproximadamente 29,10% do PIB.
3.º Japão 4,9
Já faz alguns anos que a economia japonesa anda de lado. Ainda sim, o Japão figura em terceiro lugar, sendo uma das maiores potências do mundo. O desemprego no Japão ficou em 2,6% referente ao mês de maio de 2022. Já o PIB no primeiro trimestre de 2022 registrou queda de 1%.
O Japão teve um período de grande crescimento econômico em meados das décadas de 60 a 80. Esse período ficou conhecido como um milagre.
Atualmente o Japão sofre para conseguir crescer e expandir sua economia. Vale destacar que a população japonesa está envelhecendo e diminuindo, fato que pode estar colaborando para tal situação econômica.
A indústria é responsável por aproximadamente 29,01% do PIB.
2.º China 11,2
A China surge no segundo lugar se aproximando cada vez mais dos Estados Unidos. Atualmente a China conta com o desemprego em 6,1%. Houve um aumento de março (5,8%) para abril (6,1%). O PIB no segundo trimestre de 2022 ficou em 0,4%. Expansão bem tímida.
O crescimento chinês vem sendo influenciado pelo incentivo do governo, além da evolução econômica e cultural. Com pesado investimento, foi possível tornar a China uma das potências mundiais.
A China é conhecida por ser grande compradora de matérias-primas, como o ferro, material base para a construção civil, uma das peças-chave do crescimento chinês.
A indústria é responsável por aproximadamente 39,43% do PIB.
1º Estados Unidos 18,6
Os Estados Unidos são a maior economia do mundo. Segundo estatísticas refertes ao mês de abril de 2022, os Estados Unidos possuem um desemprego de 3,6%. O PIB no primeiro trimestre de 2022 registrou retração de 1,6%.
Atualmente, uma das maiores forças da economia norte-americana está nas empresas de tecnologia.
Só em 2019, as cinco principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos: Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Facebook faturaram mais de 900 bilhões de dólares.
A indústria é responsável por aproximadamente 18,44% do PIB.
O que é PIB per capita?
O PIB representa a somatória dos bens e serviços produzidos em território nacional. Entretanto, é preciso levar em consideração que alguns países são mais populosos que outros e por isso consequentemente terão um PIB maior.
Dessa forma, é encontrado também o PIB per capita que é o resultado da divisão do PIB por cada cidadão. Esse indicador serve para saber quanto de riqueza cada pessoa teria se o PIB fosse dividido em partes iguais por cidadão.
Esse é um indicador bastante importante, sendo ele considerado como um indicativo de riqueza da nação. Contudo, ele não serve como indicativo de qualidade de vida e desenvolvimento do país. Mas ele serve para apontar quais são as economias mais prósperas.
Os 10 maiores PIBs per capita do mundo
Segundo dados do FMI, o maior PIB per capita do mundo é de Luxemburgo no valor de US$ 116.921,10. Na segunda colocação está a Suíça com um PIB per capita de US$ 86.849,47.
Ocupando o terceiro lugar no ranking do pib mundial em 2022 está a Irlanda com um PIB per capita de US$ 83.849,81 e na quarta posição vem a Noruega com um PIB per capita de US$ 67.176,43. Apesar de ser a maior potência do mundo, os EUA ocupam a quinta posição em PIB per capita com um valor de US$ 63.415,99.
Na sexta posição está a Dinamarca com um PIB per capita de US$ 60.494,20 seguido da Islândia que vem na sétima posição com um PIB per capita de US$ 59.633,72. Em oitavo lugar aparece Singapura com um PIB per capita de US$ 58.902,22.
Na nona colocação está a Austrália com um PIB per capita de US$ 52.824,82 e em décimo lugar os Países Baixos com um PIB per capita de US$ 52.247,54.
O Brasil está na 86ª colocação com um PIB per capita de US$ 6.783,05.
Portanto, apesar de figurar entre os principais países quando considerado somente o PIB, no momento de avaliar o quanto a riqueza geraria por pessoa, o Brasil ainda fica bem atrás dos países desenvolvidos, além disso, o Brasil está fora da lista das 20 maiores economias do mundo.
Participação do Brasil na indústria mundial
Levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que o Brasil caiu no ranking da indústria global em 2020. O país foi superado pela Rússia e passou da 13ª colocação para a 14ª. A China se mantém na liderança, responsável por 31,3% da produção global. O indicador brasileiro chegou a 1,32% no ano passado, pior desempenho desde 1990, início da série histórica. Em 2019, o índice de participação no valor adicionado da indústria mundial registrado pelo Brasil foi de 1,35%. Segundo a entidade, a tendência de queda foi agravada pela pandemia.
Em 2020, a indústria brasileira registrou a menor participação tanto na produção como nas exportações mundiais.
A CNI destaca que o resultado do Brasil “reforça a trajetória de perda de importância da manufatura brasileira na economia mundial”. A participação brasileira está em queda desde 2009. No entanto, o país se manteve entre os 10 maiores produtores industriais do mundo até 2014. Desde então, foi ultrapassado por Índia, México, Indonésia, Taiwan e, agora, Rússia. A entidade ressalta que a queda da atividade industrial brasileira em 2020 foi de 4,4%, taxa superior à retração de 4,1% da produção mundial.
A indústria é o motor da economia brasileira
Um país do tamanho do Brasil não consegue ser sustentável sem uma indústria forte e competitiva. A indústria é o principal polo gerador de tecnologia e de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) para o sistema produtivo de uma maneira geral, desempenhando um papel estratégico no fortalecimento de todos os demais setores brasileiros.
Abaixo alguns exemplos de como a indústria contribui para o desenvolvimento da economia nos mais variados segmentos:
- Mecanização e uso de colheitadeiras na área agrícola, desenvolvimento de sementes mais produtivas e defensivos agrícolas mais eficazes e seguros;
- Utilização da biotecnologia e nanotecnologia;
- Produção de caminhões e máquinas para uso na mineração;
- Modernização de fornos para uso no setor cerâmico e de produção de cimento;
- Inovações e fabricação de equipamentos de comunicação;
- Criação e produção de computadores, armazenamento de informações na nuvem e de operações financeiras online.
Segundo dados do IBGE e do Ministério da Economia, em 2021, o setor respondeu por 22,2% do PIB nacional. Em função de sua extensa cadeia de fornecedores, cada R$ 1 produzido na indústria gera R$ 2,40 na economia nacional como um todo. Nos demais setores, o valor é menor: R$ 1,66 na agricultura e R$ 1,49 em comércio e serviços.
Cada R$ 1,00 produzido na indústria gera R$ 2,40 na economia nacional como um todo
O setor emprega 9,7 milhões de trabalhadores que garantem o sustento de suas famílias, o equivalente a 20,4% dos empregos formais do país. Destes, 6,8 milhões estão alocados apenas na indústria de transformação. E os que possuem ensino superior completo ganham 33% a mais do que a média do país, contribuindo para o aumento da renda per capita dos brasileiros.
E ainda, o setor representa 69% das exportações brasileiras de bens e serviços, 69% dos investimentos em P&D da iniciativa privada e 33% da arrecadação de tributos federais, exceto receitas previdenciárias.
Valorização da indústria
O Brasil reúne uma série de fatores que acabam desestimulando o empreendedorismo e a atividade produtiva, como a burocracia e as elevadas taxas de impostos. A legislação básica, regulatória e institucional precisa jogar a favor de quem deseja abrir e manter um negócio – e não contra. Esse é um desafio para o Congresso, o Poder Executivo, o Judiciário e para toda a sociedade.
Uma política industrial que olhe para o futuro, baseada no aumento da produtividade e na transformação das estruturas produtivas é o que o país precisa. Os investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação são peças-chave para o país desenvolver modelos de produção e de negócios conectados com a indústria 4.0 e com a economia de baixa emissão de gases do efeito estufa.
O desafio para a retomada do crescimento sustentado é reduzir ao máximo o chamado Custo Brasil. O Brasil precisa de um ambiente favorável aos negócios, que ofereça segurança jurídica, melhore as expectativas e estimule o investimento, o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Por isso precisamos avançar nas reformas estruturais, sobretudo a tributária e a administrativa.
A indústria precisa de uma economia organizada, com regras claras, com soluções adequadas para os principais obstáculos sistêmicos que reduzem sua competitividade, passando pela questão logística, pelos custos de energia e pelas relações de trabalho.