Avaliação de Maturidade na Indústria 4.0: Como Medir o Progresso da sua Empresa?
As empresas podem ser preparar para a Indústria 4.0 se tornando mais ágeis em seus processos e nas decisões para serem mais competitivas.
Neste sentido, é importante conhecer o estágio evolutivo ou a maturidade dos processos, das decisões gerenciais, da qualificação das pessoas e das tecnologias implantadas na organização em relação a Indústria 4.0 para a partir desta avaliação definir por onde e de que forma começar o processo de transformação.
A tecnologia, por si só, não representa a solução. É preciso que tanto a sua escolha como a sua aplicação seja aderente às necessidades da empresa, e que os colaboradores estejam preparados para o novo cenário, dominando a tecnologia, se adaptando às mudanças nos processos e se antecipando às demandas do mercado.
A escolha das ferramentas deve ser baseada na visão abrangente sobre todas as áreas do negócio, as oportunidades de melhoria e o planejamento para atingir seus objetivos de curto, médio e longo prazos. Em outras palavras, a empresa deve ter muito claro onde está, aonde quer chegar e o que precisa para chegar lá.
Como fazer a avaliação de maturidade indústria 4.0?
Para realizar a avaliação de maturidade da indústria 4.0 pode-se utilizar o índice de maturidade da Academia Alemã de Ciência e Engenharia, a ACATECH que ajuda as empresas a determinar em que estágio elas estão atualmente em sua transformação em uma empresa ágil e que aprende.
A ACATECH tem autoridade quando se fala em Indústria 4.0, pois o termo “Indústria 4.0” foi cunhado em 2011 na Alemanha e a própria ACATECH já completou 20 anos de existência no ano passado. Há muita tradição tecnológica na Instituição e no País, portanto.
Um aspecto que fica evidente no Modelo de 6 Estágios de Maturidade da ACATECH é que não há atalhos, ou seja, se uma empresa quer chegar no nível máximo atual de possibilidades com a Indústria 4.0 – que é o nível 6 – esta organização precisa cumprir efetivamente os 5 estágios anteriores.
Avalia-os do ponto de vista tecnológico, organizacional e cultural, com foco nos processos de negócios das empresas de manufatura.
De forma geral a figura abaixo, ilustra o estágio evolutivo:
De forma mais detalhada a figura abaixo, ilustra melhor o estágio evolutivo:
Quais os seis princípios para o desenvolvimento e implantação da indústria 4.0?
1. Informatização
Significa a existência de computadores na fábrica em operações isoladas do restante da empresa. Ex.: CNC com entrada de programa manual com cartão de memória; inspeção de qualidade local, etc.
Com somente esse estágio atingido, existem silos de aplicação de tecnologia que não contribuem para a consolidação de dados da organização como um todo. São úteis e agregam valor, mas representam apenas o primeiro passo de uma longa jornada de transformação digital.
2. Conectividade
Computadores isolados permitem “ótimos locais”, mas não “ótimos globais”. Nesse sentido garantir a conectividade desses computadores em rede é de grande valor.
O Protocolo de Internet (IP) está se tornando cada vez mais amplamente utilizado, mesmo no chão de fábrica. Já garantia bons resultados com o IPv4 e, atualmente, com o IPv6 há endereços suficientes para viabilizar a IoT (Internet das Coisas) e seu número assombroso de dispositivos conectados em rede.
Como o Protocolo de Internet permite a comunicação padronizada no chão de fábrica, as novas tecnologias de sensores permitem que mesmo máquinas antigas – com décadas de existência – possam ser facilmente conectadas (próximo estágio) a fim de fornecer dados de produção.
No cenário emocionante do crescimento acelerado do mercado de IoT no Brasil, a Sigmais IoT Company se destaca como uma startup que está verdadeiramente transformando o setor. Com soluções inovadoras e altamente eficientes de IoT, a empresa está revolucionando a forma como as empresas operam nesse segmento em constante evolução.
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3. Visibilidade
A queda vertiginosa dos preços dos sensores, microchips e tecnologia de rede significa que os eventos e estados podem hoje em dia ser registrados em tempo real em toda a empresa.
Com tantos dados coletados é possível obter um gêmeo digital – ou sombra digital – da empresa. O gêmeo digital pode ajudar a mostrar o que está acontecendo na organização a qualquer momento, para que as decisões de gerenciamento possam ser baseadas em dados reais. É, portanto, uma peça fundamental para as etapas posteriores.
A produção de gêmeo digital é um grande desafio para muitas empresas. Um problema corriqueiro é que normalmente não há uma fonte única de dados – os dados são frequentemente mantidos em silos descentralizados e, para funções como produção, logística e serviços, muitas vezes ainda se recolhe pouquíssimos dados, mesmo em processos centralizados.
Com a captura de dados em tempo real é possível montar ANDONs com os KPIs (Key Performance Indicators | Indicadores-Chave de Performance) para toda a empresa.
Ao invés de apenas coletar dados para permitir uma análise específica ou suportar uma operação dedicada, eles devem ser capazes de criar um modelo atualizado de toda a empresa em todos os momentos que não estejam ligados apenas a análises de dados individuais.
A combinação de fontes de dados existentes com sensores no chão de fábrica pode proporcionar benefícios significativos. A integração dos sistemas PLM, ERP e MES fornece um quadro abrangente que cria visibilidade a respeito do status quo. Além disso, as abordagens e aplicações modulares podem ajudar a construir uma única fonte de dados.
4. Transparência
No estágio anterior é possível saber “o que está acontecendo” e no quarto estágio entende-se “porque” esses determinados eventos estão ocorrendo na empresa.
Descobrir as causas raiz dos problemas é fundamental nessa etapa.
Entre outras coisas, a transparência é, portanto, uma exigência para a manutenção preditiva.
5. Capacidade Preditiva
A capacidade preditiva é fruto da possibilidade de simular diferentes cenários futuros e identificar os mais prováveis.
A redução do número de eventos inesperados causados, por exemplo, por interrupções ou desvios de planejamento, permite uma operação mais robusta do negócio.
A capacidade preditiva de uma empresa depende muito do trabalho de base que ela já realizou anteriormente.
6. Adaptabilidade
A adaptação contínua permite que uma empresa delegue certas decisões aos sistemas autônomos de TI para que possa se ajustar – o mais rapidamente possível – a um ambiente de negócios em constante mudança.
Muitas vezes é melhor automatizar 100% apenas processos individuais, ou seja, deixar que os computadores/algoritmos apontem a solução ótima somente para processos específicos na empresa. Infelizmente, a ideia passada através dos filmes de ficção científica, onde um computador toma “todas as decisões”, ainda não é algo factível no atual nível tecnológico.
O objetivo da adaptabilidade é alcançado quando uma empresa é capaz de usar os dados da sombra digital para tomar decisões, e que tenham os melhores resultados possíveis no menor tempo. Adicionalmente, a implementação dessas medidas devem ser automáticas, ou seja, sem assistência humana.
Concluindo
A abordagem da ACATECH remete a conscientização do que você já alcançou na organização, do ponto de vista da Indústria 4.0.
Através da análise de sua empresa – sob o enfoque dos 6 Estágios de Maturidade – fica evidente o que já foi construído até o momento em relação a I4.0.
Aliás, sua empresa está em qual nível de maturidade da Indústria 4.0?
O Centro de Maturidade 4.0 da universidade de Aachen, uma das mais conceituadas da Alemanha, desenvolveu, junto com a ACATECH, uma ferramenta de Diagnóstico de Nível de Maturidade Digital, chamado Maturity Scan.
A VDI-Brasil – Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha, Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha, atua como front-office do Centro de Aachen na distribuição do Maturity Scan no Brasil