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Por que a Indústria 4.0 não é mais uma escolha, mas sim uma sobrevivência

Quando as indústrias surgiram logo após a Revolução Industrial, uma das características mais notórias do trabalho foi a repetição e sistematização da produção em massa. A ideia clássica do fordismo ultrapassou os 100 anos, fazendo muita coisa mudar de lá para cá e continuar em constante transformação. Mas olhando para tudo o que já surgiu e o que está em desenvolvimento, você consegue imaginar como será a indústria do futuro?

Mesmo para mim, que sou um profissional que está em contato diariamente com essa área, é muito difícil prever métodos e atividades. Porém, um ponto é certo: as empresas precisam se adaptar às novas características de mercado, principalmente estabelecidas  pela indústria 4.0. Agora, diferente do que tínhamos no surgimento dos processos industriais, temos cada vez mais processos relacionados às relações e capacidade de guiar clientes, e fazer com que isso vire uma oportunidade de transformação dos negócios.  

 

Tudo está conectado

Novos serviços, produtos, modelos de negócio, experiências do e com o cliente representam as novidades desse universo 4.0 e do cotidiano do ambiente de negócios mais propício ao sucesso. 

Esses resultados, reflexos de um mundo que se divide em online e offline, são conectados pela própria empresa ou empreendimento por meio de dados observados desde o “chão de fábrica” até a mensuração dos resultados. Isso torna o negócio mais eficiente e aumenta a capacidade dos gestores em guiar e antecipar as necessidades e desejos dos clientes.

 

Indústria 4.0 horizontal: por que investir nela?

Estamos vivendo a quarta revolução industrial com essa conexão intensa entre dados, inteligência artificial e cognitiva. Já conseguimos programar a inteligência artificial para que ela aprenda sozinha e os dados estão disponíveis nas nossas mãos, inclusive falei sobre essa e outras tecnologias em meu ebook sobre Indústria 4.0.

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Sai na frente quem opta pelo que chamamos de Indústria 4.0 horizontal, ou seja, a empresa que enxerga oportunidades ao relacionar a eficiência com a produtividade e gestão de custo. Entender os processos de modo horizontal, em um sistema integrado e integrador, é o primeiro passo para continuar obtendo resultados positivos.

O novo mote é favorecer o processo de decisão de compra por meio da jornada individual do cliente. Ele pode chegar por diferentes lugares: app, site, loja física, etc., mas em todos os ambientes a marca sabe quem é esse cliente e compreende (muitas vezes antecipadamente) o processo de decisão de compra. Mas para que isso aconteça e que essa estratégia seja realmente eficaz, a empresa precisa repensar sua relação com clientes e deixar de apenas vender produtos. 

 

Venda resultados e serviços

Estabelecer uma relação mais próxima com seus clientes tem como resultado a potencialização da margem de lucro a longo prazo, ao criar laços entre consumidores e marcas. Assim, com a relação de afetividade, conseguem fascinar seus clientes com produtos e serviços novos. 

Ao transformar o relacionamento com o cliente, as empresas começaram a perceber um aumento no engajamento e uma fidelização. A consequência direta dessa proximidade é a sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. 

 

A experiência única é um desafio, porque os clientes querem cada vez mais comodidade e tendem a não aceitar empresas que não cumprem com suas exigências. 

Hoje, já temos negócios no mundo inteiro atuando com essa nova realidade que veio para ficar. 

A empresa de pneus Michellin, por exemplo, não vende hoje apenas pneu. Ela desenvolveu sensores nas borrachas que coletam dados, assim a empresa consegue avisar ao cliente da necessidade de troca, revisão ou riscos que o pneu tem de estourar. 

Ao invés de vender apenas o produto em si, vende a experiência do usuário.  Assim sendo, o cliente recebe a mensagem sobre a troca de pneus, evita problemas e fica implicitamente sabendo que se continuar utilizando os pneus da marca, certamente essa experiência seguirá positiva. 

Outro exemplo é dentro da indústria de tratores. Não é apenas vendida a tecnologia existente na máquina como sempre foi feito, mostrando potência, valores agregados, novas tecnologias instaladas, etc., passou-se a vender os hectares produzidos por esse trator. Ou seja, a venda está ligada ao valor agregado ao serviço e não ao produto em si. A tecnologia não é, necessariamente, cara e ultramoderna, mas fundamental para o aprimoramento de um serviço que existe no mundo desde que o ser humano passou a utilizar a agricultura no seu dia a dia, e isso foi há muitos séculos atrás. 

Posso ainda trazer essa conexão tecnológica e de serviço ao cliente para um cenário ainda mais próximo, a nossa casa. Hoje já existem cafeteiras interconectadas com sistemas operacionais que avisam ao fabricante que as cápsulas ou o pó do café estão acabando. Automaticamente essa empresa, ao invés de esperar o cliente procurar, fornece a mensagem de que o estoque está baixo e ele deve comprar mais cápsulas. Viu como tudo está interconectado?

As empresas caminham para se tornar uma espécie de orquestradores de vários produtos já existentes, mas que, ao contrário de tudo aquilo que não está interligado e interconectado, estão relacionados e conversam a fim de  resolverem os problemas de seus clientes. 

Olhe para o seu negócio, ele está pronto para Indústria 4.0 ou irá esperar ficar muito distante das outras empresas do mercado para só então tentar correr atrás do prejuízo?

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